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Desembargador Eros Piceli é homenageado antes da aposentadoria

Magistrado ocupou cargo de vice-presidente do TJSP

O desembargador Eros Piceli participou, na manhã de hoje (2), de sua última sessão de julgamento na 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que contou com a presença de dezenas de pessoas. “Fico muito feliz de sair ao lado de amigos queridos de tão longa data e com a presença da minha família neste momento”, disse o magistrado, que foi o vice-presidente do TJSP no biênio 2014/2015.

        O presidente da Corte paulista, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, declarou que o dia “é de sentir alegria, apreensão, dever cumprido, tristeza, enfim, uma série de emoções que são absolutamente naturais após 41 anos de Magistratura. O Eros veio semear o bem. Todos que o conhecem têm essa perfeita concepção de quem é esse homem, tranquilo, sereno e talentoso”. Pinheiro Franco ressaltou, ainda, que Eros deixa um exemplo para as novas gerações: “É um juiz no qual todos podemos nos espelhar, um homem sério e comprometido”.

        Para o vice-presidente do TJSP, desembargador Luis Soares de Mello, Eros Piceli foi um exemplo de gestor.  “Estamos diante de uma grande pessoa. Alguém em quem sempre me espelhei, inclusive ao fazer a opção por ocupar o cargo na Vice-Presidência. É um juiz exímio e que fará muita falta, um homem de categoria e exemplo. Sempre foi um democrata e mostrou isso claramente como vice-presidente: diante dos problemas, escutava os outros, demonstrando ser não só um grande executor, como também um grande gestor. Tenho orgulho de ser seu amigo”, falou.

        O corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe, citou momentos da carreira dos dois e contou o quanto aprendeu com o colega,  destacando a amizade antiga. “Além de profissional extraordinário, Eros é um amigo absolutamente leal, pessoa fantástica”, afirmou. “Lamentarei sua ausência como profissional, mas torço por esta nova fase mais próxima à família.”

        O presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, também homenageou o colega. “Hoje é dia de alegria e agradecimento. Alegria, porque sei que o Eros tomou esta decisão após muita reflexão. Agradecimento por tudo o que fez na instituição ao longo de toda a carreira, seu companheirismo, sensatez e equilíbrio. A lembrança de um juiz exemplar é o que iremos guardar. Não é uma despedida, teremos sempre reencontros em outras ocasiões.”

        Em seguida, os integrantes da 33ª Câmara de Direito Privado proferiram suas palavras de despedida. O desembargador Carlos Alberto de Sá Duarte disse que o colega foi sempre um ponto de equilíbrio na Câmara. “Sentiremos muito sua falta no dia a dia. Nosso desejo é que continue sendo essa pessoa maravilhosa e saiba que estaremos sempre aqui”, afirmou.

        “São muitos anos de uma grande amizade, um sentimento fraterno. A rotina na Câmara vai mudar sem a sua presença, mas estamos felizes, porque sabemos que, a partir de agora, terá momentos de menos responsabilidades e muitas felicidades ao lado de sua família”, disse o desembargador Luiz Eurico Costa Ferrari.

        O desembargador Mario Antonio Silveira disse sentir orgulho e honra por ser amigo de Eros Picoli e sua família. “Além dos 34 anos de convívio familiar, nos últimos 15 anos trabalhamos juntos no dia a dia. Dessa forma, gostaria de agradecer por toda a convivência, pela ajuda profissional e desejar todo o melhor daqui para frente”, falou.

        Também colega de longa data, o desembargador João Carlos Sá Moreira de Oliveira falou que vê em Eros um mestre. “É um exemplo de pessoa e profissional. Firme, honesto e profundo conhecedor jurídico, sentirei sua saída, mas estou feliz pela nova fase de que, sem dúvida, é merecedor”, afirmou.

        A procuradora de Justiça Heloisa Torres de Toledo Bueno de Souza falou em nome do Ministério Público de São Paulo.  “Em nome da sociedade, dos jurisdicionados, agradeço o desembargador pelo excelente trabalho realizado e belo exemplo que deixou para as novas gerações”, finalizou.

        Ao se despedir da Corte bandeirante, Eros Picoli falou da atuação no âmbito da Magistratura. “Como juízes, devemos praticar a simplicidade e nos colocar no lugar do jurisdicionado, fazendo com que recebam nossa decisão e entendam o que está acontecendo. Nesta Câmara, tivemos um relacionamento acima do profissional, de franqueza, amizade e solução de problemas. Foi uma fase muito feliz e só tenho a agradecer”, afirmou. “São ciclos que se abrem e fecham. Neste ciclo final da minha carreira, vejo se abrir um novo ciclo: o de dedicação à minha família”, disse.

        À solenidade estiveram presentes a esposa Ana Maria Guimarães Piceli; os filhos Rui Guimarães Piceli e Eros Piceli Filho; as noras Roberta Sardenberg Piceli e Alessandra Scorsafava Piceli; o amigo da família Marcos Guimarães Soares; dezenas de desembargadores; juízes; advogados (entre eles alunos de Eros Piceli na universidade); e servidores.

        Trajetória – Eros Piceli nasceu em São Paulo (SP), em 1949. Graduou-se em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), turma de 1973. Atuou como oficial da PMSP e promotor de Justiça. Ingressou na Magistratura em 1979, sendo nomeado como juiz substituto para a 2ª Circunscrição Judiciária, sediada em São Bernardo do Campo. Também atuou nas comarcas de Piracicaba, Poá, Guarulhos e da Capital. Quatro anos depois, foi promovido para a 1ª Vara Criminal do Foro Regional de São Miguel Paulista e, em 1987, removido para a 2ª Vara da Fazenda Estadual da Capital (transformada em 2ª Vara da Fazenda Pública da Capital). Em 1991, foi removido ao cargo de juiz substituto em 2º grau. Três anos depois, foi promovido a juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo pelo critério de merecimento e removido por permuta a juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil. Em 2005, tomou posse como desembargador e foi eleito para o Órgão Especial em 2008. Ocupou o cargo de vice-presidente do TJSP no biênio de 2014/2015.

Fonte: TJSP – Tribunal de Justiça de São Paulo

Escrito por Redação

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