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CIJ promove webinar sobre a importância da afetividade no desenvolvimento infantil

Especialistas foram convidadas para falar sobre o tema.

“Os primeiros anos da criança serão o alicerce para as habilidades futuras desenvolvidas em relacionadas à parte afetiva e cognitiva. Nessa fase, a aprendizagem para a criança é muito intensa, pois ela vai aprender a agir, sentir, a se relacionar e internalizar valores; tudo isso através das pessoas com quem ela estabelece relações mais próximas – família, cuidadores, instituições”, complementou Regina Lucia.
A Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) promoveu, na sexta-feira (4), a palestra online “A importância da afetividade no desenvolvimento infantil e suas consequências na fase adulta”, em parceria com a Escola Judiciária dos Servidores (Ejus) e com a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP). O webinar foi ministrado por Maria Luiza Farah Arnone, que é psicóloga clínica com especialização em Psicologia Junguiana, Arteterapia, Psicossomática e Terapia Cognitivo Comportamental; e pela psicanalista Regina Lucia de Amorim, pós-graduada em Psicologia Junguiana e Arteterapia. Cerca de 780 pessoas, entre magistrados e servidores, acompanharam o evento via plataforma Teams. O webinar está disponível na Central de Vídeos da CIJ.
A psicanalista Regina Lucia de Amorim iniciou a palestra convidando os participantes a refletirem sobre o que é afetividade e sua importância. “A afetividade é uma consequência das nossas interações com o mundo – pessoas, objetos, ambiente, tudo que nos cerca. Ela determina comportamentos, atitudes, sentimentos e emoções”, explicou. Para a especialista, todas essas experiências causam alterações no nosso mundo interno, porque passam por uma percepção e apropriação pessoal. 
“A afetividade tem uma característica muito importante que é a subjetividade”, continuou a psicóloga Maria Luiza Arnone. “Tudo o que acontece ao nosso redor passa por uma interpretação interna. Essa interpretação é o tom que cada pessoa dá para suas próprias vivências”. Segundo a psicóloga, de acordo com pesquisas na área, o adulto é o resultado das suas relações com a família, com o grupo social, com a cultura, e com os valores que adquire no decorrer da vida. Por isso, a importância do indivíduo se desenvolver em um ambiente saudável e com uma boa educação, principalmente durante a primeira infância. 
“Os primeiros anos da criança serão o alicerce para as habilidades futuras desenvolvidas em relacionadas à parte afetiva e cognitiva. Nessa fase, a aprendizagem para a criança é muito intensa, pois ela vai aprender a agir, sentir, a se relacionar e internalizar valores; tudo isso através das pessoas com quem ela estabelece relações mais próximas – família, cuidadores, instituições”, complementou Regina Lucia. 
As palestrantes esclareceram que é nesse período que ocorre uma mudança marcante da criança e que vai dar as bases para a formação da personalidade. Segundo elas, o brincar é uma atividade essencial para a criança, pois estimula a afetividade, o desenvolvimento cognitivo, a empatia, a sociabilidade e a criatividade. Por meio da ludicidade, elas transformam tudo em simbolismo e acabam por utilizar a imitação como recurso valioso para seu aprendizado. 
Para finalizar a exposição, as palestrantes falaram sobre a chegada da fase adulta, composta pelo conjunto de experiências e afetividades vividas durante a infância e adolescência. “O ser adulto é o conjunto das experiências vividas; com uma história formada por registros pessoais, afetivos, pelos cuidados e amor recebidos, pela troca de afeto que lhe foi possível realizar”, concluiu Maria Luiza. “O ser humano está constantemente em um processo que possibilita realizar mudanças em sua vida – às vezes naturalmente, às vezes de maneira brusca e árdua -, mas sempre com a possibilidade de redefinir e dar novo significado a sua história”. 
Prestigiaram o evento o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, e os integrantes da Coordenadoria, desembargador Antonio Carlos Malheiros e juiz Paulo Roberto Fadigas Cesar. 
Fonte: TJ/SP

Escrito por Redação

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