O Brasil é o país com maior número de faculdades de Direito no mundo, com mais de 1,5 mil cursos em atividade. E, embora todos eles tratem da busca por compreender e solucionar passivos gerados pelos diversos tipos de relações sociais, ainda há resistência em relação ao ensino e incentivo às práticas de soluções pacíficas no tratamento dos conflitos que permeiam as relações sociais e profissionais.
A necessidade de entender e aplicar técnicas de mediação e justiça restaurativa, por exemplo, ainda encontra barreiras, principalmente pela lógica de “perda ou ganho” tão presente no cotidiano da advocacia.
“Para nós, advogadas e advogados, que somos uma classe habituada a uma relação adversarial, a mediação ainda gera dúvidas e resistências”, conta Luciana Chemim, advogada e coordenadora do curso de Direito da UniBagozzi, que tem nota máxima na avaliação do MEC.
“Percebo que muito dessa resistência se dá pelo desconhecimento da técnica e pela falsa impressão de que a mediação retira, afasta ou minimiza a atuação e o papel da advocacia”, completa ela.
E foi justamente com a intenção de ampliar o estudo sobre o tema que a coordenadora inovou e trouxe para o curso de Direito do UniBagozzi a disciplina “Mediação de Conflitos”, que traz ferramentas imprescindíveis para se atingir resultados significativos e proporcionar soluções que efetivamente atendam às necessidades das partes envolvidas, na medida em que estas participam ativamente do processo de construção do resultado. Tudo isso de forma humana, célere, igualitária e respaldada na legislação brasileira, sobretudo no texto constitucional.
“Muitas vezes ouvimos colegas com dúvida sobre uma decisão judicial ter atendido de fato as necessidades e interesses dos envolvidos. A mediação nos leva a refletir sobre esse sistema de perdas e ganhos, já que a própria ideia do litígio precisa de um perdedor ou um ganhador e nem sempre esse é o único ou melhor caminho”, afirma Chemim.
As aulas de Mediação de Conflito incluem simulações em sala de aula, bem como junto às atividades realizadas no Núcleo de Prática Jurídica do Unibagozzi, proporcionando um aprendizado técnico e humanizado ao longo do curso. Além disso, o centro universitário viabilizará convênios com escritórios e órgãos públicos onde a técnica pode ser observada e praticada.
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