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Como garantir a segurança do patrimônio familiar?

Falta de planejamento, conflitos familiares, carga tributária e falta de conhecimento na área são alguns dos motivos de falhas e perdas na hora de preservar ou adquirir algum patrimônio.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 90% das empresas brasileiras são familiares. Destas, menos de 30% passam de pai para filho e apenas 5% delas conseguem chegar aos netos dos fundadores. O estudo ainda destaca que a transição é um problema recorrente, sobretudo em virtude da falta de planejamento.

proteção patrimonial, por exemplo, é um assunto recorrente para aqueles que visam garantir a segurança e a estabilidade financeira nos dias atuais, visto que existem diversos motivos para entender e fazer um planejamento familiar, seja este patrimonial ou sucessório.

O advogado especialista em direito tributário e societário e sócio proprietário do BPH AdvogadosMarco Aurélio Poffo, alerta que atualmente esse assunto está cada vez mais em evidência no direito brasileiro. “Podemos considerar que as discussões acerca de heranças são o grande gerador de conflitos familiares, seja devido às questões tributárias, seja da própria questão patrimonial envolvida, somando-se a isto a morosidade do judiciário”.

A importância do planejamento

Pode-se dizer que o planejamento é o primeiro e principal passo para obter segurança no patrimônio familiar. De acordo com Poffo, planejar nada mais é do que criar e estruturar um conjunto de medidas de prevenção por meio de ações estratégicas, que visam evitar riscos na perda de bens imóveis, móveis, recursos financeiros e negócios societários. “É garantir que a formação do patrimônio em médio e longo prazo originará frutos para as próximas gerações, com a utilização de recursos visando eficiência e economia tributárias”, explica.

Já no âmbito da sucessão patrimonial, o maior objetivo é organizar a transferência de bens e patrimônio de uma pessoa ainda em vida, aos seus respectivos herdeiros, sem violar princípios e garantias legais. “Neste cenário é possível que sejam realizadas as mais diversas vontades do respectivo doador, possibilitando que ele detenha e mantenha controle e principalmente lucros do patrimônio que dispõe pelo exercício do usufruto sobre os bens doados, garantindo a simples posse dos herdeiros somente após o seu falecimento”, informa Poffo.

Poffo ainda destaca que uma das maiores vantagens do planejamento é a redução de carga tributária, visto que organizar a sucessão em vida evitará parte do procedimento judiciário que é considerado oneroso e desgastante. “Desta forma entende-se que o planejamento é a base da segurança familiar, pois é a forma mais benéfica de proteger os bens, obtendo eficiência fiscal e a preservação de patrimônio”.

Outros meios para garantia do patrimônio

O advogado ressalta que o doador pode prever cláusulas restritivas como a inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade, que garantem que o donatário não se desfaça dos bens enquanto estiver vivo. “Assim, o doador garante a impenhorabilidade dos bens doados e também impede que o patrimônio se transfira para companheiros ou cônjuges dos herdeiros, garantindo a perpetuação do patrimônio familiar”.

“Cenários como este são possíveis por meio de estratégias societárias envolvendo o controle do patrimônio dentro de uma NewCo Familiar, ou seja, constituição de uma pessoa jurídica apartada, a qual desvinculará todo e qualquer patrimônio das pessoas físicas”, explica.

Poffo ainda reforça que atualmente, economizar custas judiciais é muito vantajoso, visto que às vezes é necessário desfazer-se de algum bem familiar para comportar as custas do processo. “Isto sem falar na própria demora e incerteza quanto à efetiva divisão do patrimônio”, finaliza.

Escrito por Redação

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